terça-feira, 31 de maio de 2016

Romanos 1: a inteligência às avessas. Uma anedota.

Texto que escrevi no final de 2013.

Esses dias, eu estava numa aula da faculdade, ouvindo um debate sobre determinado assunto polêmico e a opinião dos meus colegas, quando a discussão me lembrou bastante de como a Bíblia descreve nossa tendência natural a resistir à verdade. Lembrei de Romanos 1.18-32, que explica perfeitamente como o ser humano desvia o olhar diante de uma verdade evidente e agradável, suprimindo-a em prejuízo próprio, o que ocorre em especial nos dias de hoje.
Fiz uma pequena anedota-metáfora desse capítulo, como uma descrição do que vejo no meio acadêmico. Imaginei o seguinte:

É como se existisse um grupo de pessoas que têm acesso a toda sorte de frutas e comidas saudáveis, assim como biscoitos e outras comidas prejudiciais à saúde. Sem muito cuidado com a alimentação, muitos deles comem sempre “junk food” e quase nunca alimentos naturais.

Sendo alertados por um médico que estão com deficiência de determinadas vitaminas, e que em breve desenvolverão determinadas doenças, já começam a apresentar certos sintomas – cansaço, anemia, alguns desmaios. O médico é taxativo: eles precisam comer bem ou não vão melhorar.

Imediatamente eles se iram contra o médico por estragar o bem-estar deles com seu aviso e concordam entre si que ele deve ter um interesse escuso e desonesto em dar seu diagnóstico.

Depois da morte de um deles (que só comia biscoitos recheados), decidem também que a melhor coisa, a ser mais exaltada e considerada mais correta e urgente a fazer é cuidar do próprio bem-estar à maneira própria: eliminar completamente as frutas e legumes de seu cardápio e aumentar seu consumo de biscoitos e refrigerantes. Como “essas comidas são saborosas” – e “a comida deve servir para alegrar os que comem” –, eles decidem não só comê-las à vontade, mas também aprovar e parabenizar os que assim fazem.
Essa é a inclinação que vejo profundamente arraigada no meio acadêmico onde estou, assim como entre o povo e, infelizmente, encrustada na maior parte da igreja evangélica em geral.
 “Mas aquele que de mim se afasta, a si mesmo se agride; todos os que me odeiam amam a morte.” (Provérbios 8:36). 

2 comentários:

  1. Bom texto. Gostei especialmente do provérbio bíblico no final. Provérbio extremamente pertinente! Revela uma verdade essencial para o ser humano. É auto-explicativo, óbvio, claro e ao mesmo tempo profundo. O provérbio parece um machado que se põe a raíz de nossos corações e derruba, precisamente, a árvore do nosso orgulho. Quão difícil é a submissão aos conceitos de Deus... Impossível! A não ser que Ele mesmo opere. Essa é a nossa esperança!

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  2. Sim, também é interessante observar o provérbio anterior como incentivo ao cristão:

    Porque o que me achar, achará a vida, e alcançará o favor do Senhor.
    Provérbios 8:35

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